domingo, 28 de junho de 2009

VI Memorial “Maria Aparecida Guimarães” – LX

Olá amigos,

Participo e prestigio pela 1º vez no torneio em homenagem a avó e grande incentivadora do Mestre Internacional Mauro Guimarães de Souza, o VI Memorial “Maria Aparecida Guimarães” pela liga de xadrez.

Maria Aparecida Guimarães, avó e grande incentivadora do Mestre Internacional Mauro Guimarães de Souza, nasceu dia 14 de janeiro de 1918 e faleceu no dia 13 de março de 2001.

Como as palavras do próprio mestre, a sua querida avó sempre o motivava comprando livros, revistas e jornais que falavam sobre xadrez.

Retrospectiva

Apesar de nunca ter participado do evento, farei um pequeno comentário sobre o IV e V Memorial “Maria Aparecida Guimarães” de 2007 e 2008.


Em 2007, o evento teve a participação de 42 jogadores e sempre o principal interessado em vencer era o MI Mauro Guimarães, mas não obteve o êxito e o campeão da edição foi o MI Rezende.


Em 2008, o evento contou com 26 participantes e mais uma vez mestre interessado não conseguiu concretizar o feito como 2005 e 2006 onde foi campeão, infelizmente perdeu por critério de desempate do merecido título a Luis Guilherme Abdalla, que venceu o mestre e terminou invicto no torneio.

* Não consegui encontrar a 1º edição do memorial no site da liga de xadrez, caso alguém encontrar favor postar no comentário.

Dados do evento


Local: GXBG (Galeria de Xadrez Borba Gato)
Data: 27/06/2009
Hora: 14h
Ritmo: 20min
Rodadas: 6
Arbitragem: Sérgio Melo
Organização: Liga de Xadrez
Participantes: 38 jogadores.

O torneio


Na 1º rodada direto para a mesa 2 (é claro que eu fui puxado pelo baixo rating liga de 1810), enfrentei o meu 3º mestre internacional em torneio oficial, Alexandru Sorin Segal (2289/6º). É difícil falar de quem não conhece essa figura do xadrez brasileiro, mas como o blog além de ser de caráter pessoal, mas também didático e informativo, logo procurando no Google da vida, achei um ótimo artigo publicado pelo meu amigo Gérson Peres, editor do maior site de xadrez do Brasil. Veja o artigo >
aqui<



Voltando a partida, pedi que Melo tirasse uma foto com o mestre (Melo só costuma tirar fotos na 3º rodada) e gentilmente o meu pedido foi atendido. Jogando de brancas, estava com pressentimento que ali poderia ser a minha melhor partida da minha vida enxadrística. Como podem ver na abertura da imagem acima com o mestre, fugi da teoria que nem o vampiro fugindo da cruz já que o adversário era um exímio teórico de xadrez. As partidas da “sala da justiça” iam acabando e as demais partidas da galeria também. E ai, com apuro no tempo para ambos com olhar em geral da torcida e espectadores, o silêncio paira no ar... SETAAAAAAAA!



É amigos, mais uma vez enrolei no tempo, mas por um tempo no final acabei ficando ganho, mas o mestre acabou ganhando uma posição de empate, mas a SETA me salvou antes de ele olhar para o arbitro solicitando empate.


Na 2º rodada, enfrentei o meu ex-carrasco (pois havia vencido 1 vez e o atual carrasco é o Saito) João Batista (2060/35º). Com o calor da 1 partida e pela cara do Batista de sono, falei vamos tomar um cafezinho? (uma forma sutil de solicitar empate) e não deu outra, “tablas”.



Na 3º rodada, enfrentei o quase freguês e ídolo da nação AAS, Bronislaw Tondowski (1810/19º). Digo quase freguês por que a contagem do placar ainda é pequena e o amigo me venceu na 1º partida em 2006 (deve estar 5 a 1), mas sempre é uma partida difícil. Jogando de brancas acabo aumentando demais a minha coragem e ai não deu outra, fui pra cima e ganhei uns 3 peões, mas houve uma conseqüência do ato ousado e perdi meu pobre cavalito. Mesmo assim achei que valeu a pena trocar a peça por 3 peões, mas o polaco jogou firme e conseguiu recuperar os peões e ainda de sobra levou mais um “soldado”, é mole?

Agora com uma peça e um peão a menos, fui obrigado a usar a estratégia do “jegue” (sentar a bunda no chão e esperar) na qual consiste do jogador travar a posição e esperar o ataque do adversário até que cometa algum deslize e no contra-atacar com golpes táticos. E manobrando, manobrando o polaco não estava conseguindo achar uma estratégia diante ao meu estilo “jegue”, eu sempre ficava ameaçando os taticozinhos e ainda o polaco estava ficando apurado, algo que me agrada muito. E algo inesperado acontece, Bronislaw respeitou a minha defesa e me ofereceu empate mesmo com peça e peão a mais, acredita? Nem preciso falar que aceitei a generosa oferta.


Na 4º rodada, ainda invicto e vivo torneio, pois ainda poderia ficar entre os 8º primeiros e beliscar a “bufunfa”, enfrentei a dirigente do depto de xadrez do clube Paulistano e forte jogadora feminina, Norma Vargas (1894/14º). Partida difícil e decisiva para voltar a “sala da justiça” (as 4 primeiras mesas), jogando de pretas a partida foi bem posicional na abertura até que “a bola veio ao pé do artilheiro” e acabei aplicando um tático num descuido da Norma, trocando minha torre por 2 bispos. Mas ainda assim ficou difícil, pois a amiga se armou e ficou difícil de arrematar a partida. Forçando as trocas e levando pro final, a peça a mais reinou e assim venci a dura partida.


Na 5º e penúltima rodada, volto a “sala da justiça” e enfrento o campeão do mês de junho da casa amarela (memorial Júlio guerra), Emílio Ishikawa (1843/16º). Partida bem estranha e feliz para mim, pois o Emílio foi inventar mais do que eu na abertura e tomou um peão tão envenenado que além de perder peão e peça ficou com uma dura ameaça de mate e não conseguiu segurar mais a posição.


Na 6º rodada e decisiva rodada contava que iria enfrentar o MI Mauro que estava praticamente com o merecido título na mão, pois estava com 5/5 e precisava apenas de um empate, assim eu ia oferecer empate ao mestre. Mas o “desgramado” do emparceiramento me colocou mais uma vez diante do forte jogador Ricardo Paolucci (1887/3º). Antes de narrar este episodio, abro um espaço para o amigo que além de ser um grande jogador de xadrez é também meu parceiro na jornada literária e escreveu um excelente artigo sobre uma abordagem sobre a questão da visibilidade do xadrez no marketing desportivo. Veja >
aqui<

Agora voltando à partida, mais uma vez foi dura como nos últimos 3 confrontos na GXBG (1 vitória, e 2 empates suados para o herói mogliano). Desta vez em desvantagem jogando de pretas, fiz de tudo para trocar as peças e tentar um empate. No final de jogo, Paolucci mais uma vez ficou muito apurado e mesmo com peão a mais foi obrigado a aplicar um xeque perpétua, pois se não o fizesse eu iria fazer já que o seu rei estava também muito exposto.

Em resumo


E/D: MI Segal (6º), Reinier (4º), Marcos (8º), Gianni (7º) e o agachado Sergio (5º).

Fiz 4,5/6 invicto ficando na excelente 4º colocação no torneio (ganhando a bufunfa de R$ 80,00, meu maior prêmio até então) e ainda ganhando 20 pontos no rating liga ou GXBG.

Destaque


1. Para o neto da vovó Maria Aparecida, o campeão invicto MI Mauro de Souza. E mais um grande destaque foi o 2º lugar do jogador ativo mais velho jogando xadrez no Brasil aos 93 anos, Lourenço Cordiolli. E parabéns também pela 3º posição do Gestor Esportivo de 2009, prêmio dado pela Confederação Brasileira de Clubes, Ricardo Paolucci.

Classificação e fotos >
GXBG e Liga de xadrez.

terça-feira, 23 de junho de 2009

49º Torneio Memorial JG – GXBG


Olá amigos, participo pela 12º vez (a 4º deste ano) do tradicional torneio amador filantrópico (arrecadação de alimentos) promovido juntamente com a subprefeitura de S. Amaro e pelo Clube de xadrez Borba Gato (GXBG), o 49º Memorial Júlio Guerra (veja mais informações sobre o torneio, clique aqui).

Dados do evento

Local: Casa Amarela (S. Amaro)
Data: 21/06/09
Horário: 14:00
Ritmo: 16min
Rodadas: 6
Participantes: 63
Árbitro e organizador: Sérgio Melo

O torneio

Como podem ver na imagem de abertura, tivemos a maior participação do ano com 63 jogadores, desde 2005 anos que começou o evento somente 2 edições ultrapassaram essa marca a 26º (77) e 30º (64) em 2007, sendo o campeão nessas edições o sócio Marcos Willian Ribeiro.

Zebrachess


Antes de começar a narrar às rodadas onde enfrentei vários adversários conhecidos ou não, quero abrir umas “aspas” para informar que nunca vi tanta zebra nesse torneio como podem alguns confrontos abaixo que puder observar:

* o critério que adotei foi somente nos 7 primeiros que possuem rating acima dos 1900 e que tiveram resultados negativos com adversários com mínimo de 50 pontos de diferença.

3º rodada

Reinier Freitas (1926) 0 x 1 Fernando Carlos Torres (1865)
– Quase 60 pontos de rating de diferença!

4º rodada
Tales Dohani (2002) 0 x 1 Fernando Carlos Torres (1865)
– Mais de 100 pontos de diferença!

5º rodada
Paulo César Vasconcelos (1916) 0 x 1 Luis Carlos de Oliveira (1717)
– Quase 200 pontos de rating de diferença!

Reinier Freitas (1926) 0,5 x 0,5 Fábio Neri (1798)
– Mais de 100 pontos de diferença!

Voltando as rodadas

Os jogadores da imagem acima, citando da esquerda para direita, os resultados e análise:

1º Rodada: Enfrentei o meu maior freguês da GXBG, Simanis Novicks (1753/21º). Esta informação partiu do próprio jogador que anota todos os seus confrontos na galeria e que em suas anotações temos o seguinte placar: Reinier 20 x 1 Simanis. Mas de uns tempos pra cá, está cada vez mais difícil de vencê-lo, sendo que nas 3 ultimas partidas, tive que ganhar no final de peões. E esta não poderia ser indiferente, novamente perdido na abertura (afinal, simanis é professor de abertura na GXBG) tive que compensar num erro no meio de jogo dele, onde ganhei 2 peões e deixei 2 passados, assim vencendo novamente com promoção da rainha.

2º Rodada: Enfrentei pela 1º vez o jogador, André Domingues Rodrigues (1801/40º). Pelo nome parecido com o GM Uruguaio tinha tudo para ser um ótima partida e foi mesmo, tendo um final empatado de bispos de cor oposta com 4 peões para ambos. Mas como o jogador estava muito apurado (cerca de 10 segs.) e não usou a *regra dos 2min, acabei vencendo no tempo.

* Regra de empate dos 2min: Segundo o Melo, quando o jogador achar que a partida está teoricamente empatada e o mesmo entrar no apuro de tempo de 2min, deverá primeiramente pedir empate ao adversário e caso uma resposta negativa, deverá parar o tempo e chamar o árbitro que estará analisando se realmente cabe a apelação e assim dará empate a partida independente se o outro jogador estiver com vários minutos a mais.

3º Rodada: Enfrentei o meu clássico do centro cultural, Fernando Torres (1865/9º). No centro cultural, jogamos muitos pings de 5min e tenho certa vantagem perante o amigo. Acho que é a 1º vez que nos enfrentamos em torneio oficial e até então seguia invicto na mesa 3 do torneio atual. Mas ai jogando de brancas, acabei inventando demais e fui obrigado a ceder uma peça limpinha se não levava um ataque arrasador na ala do roque pequeno. Ainda assim joguei bravamente até o final, tendo oportunidades de enrolá-lo no tempo ou até mesmo um empate teórico, mas o trocador nato do Torres acabou vencendo. Detalhe que não fui o único a sofrer a zebra, até mesmo Tales que está na 2º colocação no granprix e venceu 2 edições este ano, acabou “pegando” essa zebra, será que isso passa?

4º Rodada: Enfrentei novamente o ascendente jogador sub14, Roberto Lopes (1823/20º). Na última vez que nos enfrentamos jogamos uma boa partida e acabou empatando. Desta vez joguei com muito cuidado, mas mesmo assim fiquei perdido na abertura, pois havia sofrido a perda de 2 peões e numa posicional sem táticos, isso era quase que fatal. Mas forçando e esperando ele se apurar no tempo, fiz o que sou melhor nas partidas: Enrolar. Mas enrolar com estilo, pois não deixava o garoto pensar sempre atacando com ameaças de mate, até que conseguir ganhar uma peça e assim ficando difícil para o “filho do Phoanix” que estava muito apurado. E o engraçado que o árbitro Sérgio Melo já veio perguntando ao Lopes “E ai, ganhou?”, pode um negócio desse rapaz!

5º Rodada: Enfrentei também pela 1º vez o jogador, Fábio Neri (1798/17º). Tinha que ganhar de qualquer jeito para sonhar em ficar entre os 3º primeiros no absoluto e assim ganhar um trofeuzinho ou medalha. Jogando de brancas pude observar que o rapaz estava um pouco nervoso, mas jogou muito conciso e acabamos entrando numa posição bastante delicada e teoricamente empatada de final de bispo e torre. Não iria fazer a mesma coisa que fiz na 2º rodada, assim ofereci empate e ele aceitou.

6º Rodada: Enfrentei outro novo jogador na GXBG, Leandro Pereira (1800/23º). Jogando de pretas mais uma vez usei a minha caro kan e na variante de trocas de peão do centro, pude bolar uma estratégia com o par de bispos que foi decisivo na partida e assim venci mais uma.

Em resumo


Fiz 4,5/6 ficando na 5º colocação, ganhando 59 pontos importantes no granprix para a final do ano e de sobra ainda somei mais uns 5 pontinhos no rating, como tinha ganhado 6 no evento do corpus Christian, logo fiquei com 1937.

Destaques




1. Para o trio, que ficaram entre os 3 primeiros, sendo que o grande campeão foi o Emilio Keiji seguido de Rubens Trindade e Valdinei Fialho.


2. Para Diana Reis que até então não a conhecia e jogou forte sendo a campeão grupo B com 4,5/6, perdendo somente para Marcos Willian.

Classificação geral e fotos >

GXBG<

sexta-feira, 12 de junho de 2009

IV Torneio Aberto Corpus Christi – GXBG

Olá amigos, mais uma vez participo nesta quinta (11/06) do tradicional circuito de feriados promovido pela galeria de xadrez Borba Gato, IV torneio Aberto Corpus Christi.

Histórico do evento


Como sempre faço em eventos que participo desde 2006, segue abaixo um pequeno retrospecto do tema “Circuitos de feriados – GXBG”.

2006

- Páscoa / 32º-43º / 3-8
- Tiradentes / 17º-37º / 4-8
- Trabalho / 13º-30º / 4-8

2008

- Trabalho / 2º-26º (grupo B) / 5-6
- N.Sª Aparecida / 13º-42º / 4/7
- República / 10º-27º / 4/7
- Zumbi dos palmares / 15º-36º / 3,5/6

2009

- Páscoa / 4º-50º / 4,5-6

Tema do evento

Corpus Christi (expressão latina que significa Corpo de Cristo) é uma festa móvel da Igreja Católica que celebra a presença real e substancial de Cristo na Eucaristia.

É realizada na quinta-feira seguinte ao domingo da Santíssima Trindade que, por sua vez, acontece no domingo seguinte ao de Pentecostes. É uma festa de 'preceito', isto é, para os católicos é de comparecimento obrigatório participar da Missa neste dia, na forma estabelecida pela Conferência Episcopal do país respectivo.

A procissão pelas vias públicas, quando é feita, atende a uma recomendação do Código de Direito Canônico (cân. 944) que determina ao Bispo diocesano que a providencie, onde for possível, "para testemunhar publicamente a veneração para com a santíssima Eucaristia, principalmente na solenidade do Corpo e Sangue de Cristo." É recomendado que nestas datas, a não ser por causa grave e urgente, não se ausente da diocese o Bispo (cân. 395).

* Fonte: Wipedia.

Dados do evento

Local: Galeria Borba Gato (S. Amaro)
Data: 11/06/2009
Hora: 14:30
Ritmo: 20min
Rodadas: 6
Sistema: Suíço
Participantes: 51 jogadores
Árbitro: Sérgio Melo
Organização: GXBG

O Torneio

Apesar do frio que está fazendo atualmente em Sampa (cerca de 12º a 16º graus durante o dia) e ainda o feriado em comemoração a Corpus Christi, não tirou o ânimo dos enxadristas que compareceram em peso (cerca de 51 jogadores e mais acompanhantes).

Luís Oliveira (2ºR), Bernardo Vizotto (4ºR) e Luís Espinosa (6ºR)

Uma análise das partidas que consegui vencer, começando pela 2º rodada que enfrentei o clássico residente e sócio do GXBG, Luis Oliveira (1717/34º). Como disse o próprio amigo “Clássico nada, pois não ganho uma, na verdade é freguês mesmo!”. Mas a partida foi dura, acabei subestimando demais e no meio de jogo tive que trocar a minha dama por 2 peças do colega (torre e cavalo) e com 1 peão passado e se defendendo muito, consegui vencer a partida. Será o que ele disse acima, seria uma estratégia?


Polêmica e regra

Na 1º rodada, Bernardo enfrentou o forte jogador Luis da Mata, estava ganho na partida e como os dois jogadores estavam apurados no tempo, Luis da Mata acabou cometendo um lance regular e não parou o relógio, o inocente Vizotto não sabia parar o relógio digital e assim acabou caindo o seu tempo, empatando a partida já que da Mata não tinha nenhum material.

Segundo o árbitro Sérgio Melo, O jogador tem a obrigação de saber antes de iniciar a partida, como se para o relógio e que pela regra, Da mata não tinha a obrigação de parar o relógio e assim sofrer a penalidade de 2min para o seu adversário.

Voltando as rodadas

Desnorteado da 1º rodada, na 4º rodada enfrentei o clássico (não da GXBG, mas do Clube Paulistano) o atual campeão interno Bernardo Vizotto (1916/23º). É a 1º vez que o sub14 joga um torneio fora do CAP e dos escolares no circuito paulista, mas não é pela falta de experiência que podemos ver o seu nível de jogo. No interclubes 2009, ele venceu no 1º tabuleiro o forte Sérgio Mazzeto (2184 FPX pensado). Na partida jogando de brancas, acabei vencendo com facilidade já que Bernardo se descuidou e me deu a dama de graça, segundo ele foi devido à má iluminação do local. Mas depois que levantamos, vimos que era por que eu estava tampando a entrada da luz e assim prejudicando a visão do garoto que jogava de pretas. Que feio, mas foi sem querer querendo...

Na ultima rodada, enfrentei o também clássico do GXBG, Luis Espinosa (1838/29º). Antes de começamos a partida, pede ao amigo que ficasse calado, pois ele costuma ficar “gemendo” durante a partida e assim atrapalhando o andamento do jogo. E assim, como perdeu a sua “força”, ganhei facilmente com direito a dama a mais.

Klaus Gotz (1ºR) e Ricardo Paolucci (3ºR)

Agora uma análise das partidas que empatei e começa já na 1º rodada, onde enfrentei o pequeno sub12 Klaus Gotz (1753/39º). Como o Melo citou, ele é a promessa do GXBG e realmente o garoto vem jogando que nem gente grande. Apesar do baixo rating 1753, ele vem crescendo já que logo que começou a “mover” as peças, foi jogado na “jaula dos leões” e acabou perdendo muito rating chegando abaixo dos 1700. A partida foi muito boa, bem posicional até quando sacrifiquei um peão pelo ataque, mas Klaus se defendeu bem e como conseqüência ficou apurado no tempo e assim com peão a menos, resolvi pedi empate e ele aceitou.

Na 3º rodada, enfrentei o forte jogador Ricardo Paolucci (2067/9º). Como sempre acontece alguma coisa diferente nas nossas partidas no Borba como da última vez, o Marcus William ficou gritando perto dele e acabou o desconcentrando e perdendo a partida para mim. Desta vez, Marcus não estava ali para me ajudar, só que tinha outro item que poderia me ajudar no empate, estávamos sem peça e relógio e como disse o Melo, “Sem jogo, sem partida” e assim poderíamos empatar. Mas Paolucci foi atrás de jogo, relógio e até que achou assim o combate seria inevitável. Como 10min a menos para ambos, começamos a partida numa linha bem fora da teoria e cheia de táticos posicionais no meio de jogo e sempre a vantagem para o Paolucci com as brancas. No final de jogo, ele acabou ficando com 1 peão a mais, só que muito apurado e numa posição complicada, pedi empate e ele aceitou.


Bem, como mostrei acima as 5 rodadas (1º, 2º, 3º, 4º e 6º), estava com 3 vitórias, 2 empates e nenhuma derrota. Já dentro da “sala da justiça”, na mesa 4 enfrentei mais um clássico e atual campeão do aberto de Mogi das cruzes, Antônio Vallejos (1968/7º). Era o nosso 4º confronto de 2008 pra cá, onde eu havia vencido as 3 últimas partidas em abertos a fora, mas não poderia subestimar o amigo que já venceu na GXBG de MI. Mesmo jogando de pretas, a partida estava boa e cheio de manobras de ambos, onde estávamos esperando alguém errar e aplicar uma combinação de táticos como sempre acaba nossas partidas. E desta vez, Vallejos levou a melhor na combinação e venceu a partida.

Em resumo

Fiz um bom torneio com 4/6, sendo 3 vitorias, 2 empates e 1 derrota, ficando na 13º colocação e ganhando mais 6 pontinhos no rating que tinha perdido 11 na casa amarela e assim ficando com 1932 (equivalente ao FIDE com fator k 10).

Destaques


1. Para o “Polaco” com sorrisão que foi o campeão B (sub 1850) com 4/6, vencendo na última rodada do forte jogador juvenil, Paulo César Vasconcelos.


2. Para o “filho do Joaquim Phoanix”, Roberto Juliano Lopes Jr. Que ficou com a 4º colocação vencendo a última da promessa e futuro jogador da minha equipe do AAS no FM, Jorge Luiz.

Classificação final e fotos >GXBG<

domingo, 7 de junho de 2009

11º TX – E.C. Sírio e Relatório parcial


Como disse na última crônica do TX (clique aqui), quando o torneio é um evento que sempre participo semanalmente e é feito por sistema de granprix como o blitz de SBC, o rápido do CAP e agora o TX do Sírio, escrevo somente na 1º etapa e na etapa final do torneio, relatando os desempenhos e detalhes a cada etapa.

Mas como toda regra tem exceção, como tambem citei no último evento no Sírio que as etapas iriam ser relatadas no próprio blog do Sírio (
clique aqui), mas por força maior o administrador do blog Rafael Sampaio não pode atualiza-lo e tambem para publicar o excelente relatorio do militante assiduo Wilson Maciel, resolvi dar um ajudinha aos amigos e assim irei comentar os fatos do torneio.

9º TX


Participei no dia 18/05 do 9ºTX novamente no depto. de xadrez do Sírio, onde Rodolpho Fares é o diretor. Desta vez, não conseguir o mesmo êxito de vencer invicto o torneio, pois tinha retornado com toda força, o militante Wilson Maciel que foi campeão desta etapa com 6,5/7, vencendo na última e decisiva rodada contra Reinier Freitas que vinha com 6/6 e precisava somente de um empate. (veja a classificação no relatório geral mais abaixo).

Voltando ao torneio


Nesta bela tarde da vida (parece àquela música sertaneja) de sábado, fui prestigiar o torneio rápido no Sírio, onde após 2 etapas, somando 18 pontos no concorrido granprix que premiará os 6 primeiros colocados como troféus e medalhas.

Dados do evento



Local: E.C. Sírio
Data: 06/06/09
Hora: 15:30
Sistema: Suíço
Ritmo: 15min
Rodadas: 5
Participantes: 9



Desta vez o software do swiss perfect 98 funcionou e ainda com ajuda do notebook do meu amigo e convidado do torneio Venâncio Mesquita, o torneio ficou ótimo, pois agora podemos jogar apenas 5 rodadas e ainda ter os critérios de desempate definido pelo computador.
Pelo sorriso estampando e medalha de ouro, já podem concluir que tive a felicidade de ser bicampeão da 11º etapa do TX, descontando com direito a mate no Venâncio que me esmagou no último torneio em diadema.




Destaque para o meu amigo do peito e também convidado por mim, Jorge Fakhouri com a sua 2º colocação e invicto empatando somente comigo (empate de compadre) e com o Wilson Maciel, numa partida dramática na posição e no tempo, onde ambos a seta caiu.


E ainda mais um destaque para o desempenho do convidado do Alexandre Namur, Michel Saad com a 3º colocação, perdendo somente para mim na última rodada, sendo que teria chances de ser campeão.

Relatório e listagem do rating interno do Sírio

Como citei logo no inicio desta crônica, segue abaixo o relatório detalhado das etapas feitas por Wilson Maciel (dei uma mexida só no layout, ok Maciel?).

E ainda, com ajuda do outro amigo do peito e colega de trabalho (cronista do blog
Clube de xadrez Guairá) que bolou um calculo para termos o rating interno do Sírio, afinal como podem ver o relatório, não tivemos os confrontos por rodada e nem ajuda do software. O cálculo foi baseado em somar todos os pontos do circuito e dividir todas as participações dos jogadores para gerar o Fator k que deu 5,93, onde foi arrendado para 6. Logo o rating inicial adotado foi de 1800 conforme as regras da FIDE e assim, os pontos do rating subia com o cálculo de pontos*fator k. Mas isso foi usado no improviso, pois a partir da 12º etapa (prevista para 20/06) será adotado o fator k 25 da FIDE para ser usado na variação do programa SP 98.

* Fator K = Um fator multiplicativo para converter o desempenho de cada jogador para uma pontuação compatível com o conquistado nas etapas.

* FIDE = Federation Internationale des Echecs ou Federação internacional de xadrez.

Classificação do 11º TX >clique aqui<

Relatório geral dos TXs >clique aqui<

terça-feira, 2 de junho de 2009

II Aberto clube Armênio “Tigran Petrosian”


Olá amigos, o blog ganhou em seus arquivos mais um grande evento do circuito paulista de xadrez, o tradicional torneio “Tigran Petrosian” promovido pelo clube Armênio.

Digo que ganhou, pois é a 1º vez que participo do evento que já ocorre desde 2007, onde teve a sua 1º edição (
fotos e classificação).

Quem é Trigan Petrosian?


Tigran Vartanovich Petrosian nasceu em 1929, em Tbilisi na República da Geórgia. Aprendeu as complexidades do jogo posicional estudando os livros de Nimzovich. Como resultado, tornou-se o maior mestre da profilaxia que o mundo já viu.

Petrosian foi o único jogador a ganhar um jogo a Bobby Fischer durante os últimos jogos do torneio de candidatos de 1971, acabando com a sequência impressionante de Fischer de dezenove vitórias consecutivas

Fonte: Wipedia e CEX

Novidade no blog

A partir de hoje teremos um canal no YouTube com os alguns vídeos dos bastidores do circuito paulista. Se uma imagem (fotos) fala mil palavras, imagina um vídeo?

Canal:
http://www.youtube.com/Reimogli

Dados do torneio

AI Marius Riemsdijk explicando as regras e detalhes do torneio

Local: Clube Armênio (Av. Prof. Ascendino Reis, 1450 - Vila Clementino)
Data: 31/05/09
Hora: 10h
Ritmo: 20min
Rodadas: 7
Participantes: 90
Árbitro: AI Marius Riemsdijk
Folder:
Blog do Krikor

O torneio

Visão da 1º rodada

Contando com nada mais que 90 jogadores do circuito paulista e entre eles temos a incrível participação de 2 GM´s, 8 MI´s, 2 MF´s e 3 WMF´s, ao todo 15 jogadores que possuem títulos de mestres.

Na 1º rodada, enfrentei o Sênior Rubens Basso (3,5/51º). Como já nos enfrentamos no Borba Gato e sabia da dificuldade do amigo nos táticos da vida, aproveitei a vantagem das brancas e iniciei um ataque feroz na ala do rei, acabei ganhando uma peça limpa e assim vencendo a partida.


Destaque para os sub14, Abdalilha e Awoki que após vencerem na 1º rodada, pularam para o 1º escalão na 2º rodada enfrentando mestres como Pelikian e Aranha respectivamente.

Na 2º rodada, também enfrentei um forte jogador, Rodrigo Terao (5,5/5º). Embora não sendo mestre, Terao tem se destacado nos últimos torneios abertos da FPX, sempre beliscando a premiação. Com os seus 2208 de rating Fide, acabei sentindo na partida que joguei e perdi um pouco depois da abertura.

Destaque para partida entre o atual campeão e GM André Diamant contra o ex-campeão Herbert de Carvalho, onde a partida praticamente empatada, tendo o resultado disputado no tempo.

Na 3º rodada, enfrentei o Roberto Poladian (2/77º). Pelo nome deve ser de origem armeniana, apesar do semblante de jogador frio e calculista, acabei vencendo facilmente com ameaça de mate 2 logo no meio de jogo.


Destaque para o combate da nova e velha geração de mestres (Fier, Diamant e Krikor VS Cristobal, Hermans e Pelikian), onde houve equilíbrio nas forças, pois o “match” acabou empatando com vitórias de Fier/Hermans e o empate de Krikor com Pelikian. Na 4º rodada, enfrentei o meu carrasco e clássico em torneios, Vinicius Saito (4/30º). Novamente jogamos uma partida meio destorcida, pois a minha única chance é fugir da teoria, já que Saito é “comedor” de livros. Mas não deu certo e acabei levando um xeque perdendo minha torre limpinha.


Enfim consegui que uma alma penada tirasse uma foto minha, já que o herói do blog sou eu (rsr). Até a 5º rodada, estava jogando mediano com 2/4 para este porte de torneio e aspirava os 4,5/7 que era a minha meta. Enfrentei o Elias Moises (4/37º) e ai que a casa caiu como podem ver na imagem acima, estou preste a levar um golpe na abertura perdendo o meu bispo ou peão+torre. Acabei “cedendo” o meu bispo e jogar com peão a mais.


Para o meu desespero, no final do jogo acabei criando uma esperança tentando empatar ou até mesmo ganhar se o amigo Elias colaborasse. Mas num descuido, acabei perdendo aquele peão passado com xeque do cavalo. E ainda assim, arrisquei tentando pegar os peões pretos que impediam a ida dos meus peões a 8º casa da promoção, mas Elias soube jogar com cautela, mesmo ambos apurados com 2min no tempo e venceu a partida. Apesar de tudo, foi a “melhor” partida que joguei e onde me esforcei mais.


Na 6º rodada, enfrentei Luiz Peroni (3,5/50º). Agora era tudo ou nada, para fazer pelo menos uns 4/7 no torneio, onde a minha meta antiga era 4,5/7. Quando vi que ia jogar com o Sênior Peroni, falei comigo mesmo (puts!), pois já sabia que o Peroni era um forte jogador, bastante conhecido pelo seu jogo tático e por freqüentar o famoso Bar da Gruta. E não deu outra, a partida foi totalmente tática da abertura ao final de jogo, onde ficamos com torre e 2 peões para ambos, mas o apuro no tempo de 2min. Embora a partida estivesse teoricamente empatada, tentei força e esperar que Peroni errasse devido ao apuro no tempo (estou com peso na consciência) e mesmo Peroni pedindo empate, estava esperando ele usar a regra dos 2min, onde o jogador pode chamar o arbitro e requerer o empate devido o adversário estar querendo usar a vantagem do tempo. E ai não teve jeito mesmo, acabou empatando a partida.


Na última rodada, enfrentei Felipe Maluf (2,5/70º). Será que estava jogando com o descendente da linhagem do polêmico político Paulo Maluf? Bem se é ou não, ali não iria mudar nada na partida que disputava quem iria ficar abaixo dos 50% da pontuação. Jogando mais tranqüilo e de brancas, como podem ver acima a partida estava bem disputada, mas o Maluf pensava muito e muito, até ficar apurado e tomar uma decisão: Trocar a sua dama pelas minhas 2 torres. E ai logo em seguida, abandonou a partida. É querido leitor, também não entendi, mas xadrez é assim mesmo.

Em resumo


Acabei ficando em 48º/90 com 3,5/7, ficando abaixo da metade dos jogadores. Realmente poderia ter feito um pouco melhor, quem sabe uns 4,5. Mas valeu pela cobertura e por conhecer este ótimo local que é o clube armênio e ainda por prestigiar o convite do também cronista e vice-campeão do torneio, MI Krikor Sevag.

Classificação geral >Hiperchess<