sexta-feira, 12 de junho de 2009

IV Torneio Aberto Corpus Christi – GXBG

Olá amigos, mais uma vez participo nesta quinta (11/06) do tradicional circuito de feriados promovido pela galeria de xadrez Borba Gato, IV torneio Aberto Corpus Christi.

Histórico do evento


Como sempre faço em eventos que participo desde 2006, segue abaixo um pequeno retrospecto do tema “Circuitos de feriados – GXBG”.

2006

- Páscoa / 32º-43º / 3-8
- Tiradentes / 17º-37º / 4-8
- Trabalho / 13º-30º / 4-8

2008

- Trabalho / 2º-26º (grupo B) / 5-6
- N.Sª Aparecida / 13º-42º / 4/7
- República / 10º-27º / 4/7
- Zumbi dos palmares / 15º-36º / 3,5/6

2009

- Páscoa / 4º-50º / 4,5-6

Tema do evento

Corpus Christi (expressão latina que significa Corpo de Cristo) é uma festa móvel da Igreja Católica que celebra a presença real e substancial de Cristo na Eucaristia.

É realizada na quinta-feira seguinte ao domingo da Santíssima Trindade que, por sua vez, acontece no domingo seguinte ao de Pentecostes. É uma festa de 'preceito', isto é, para os católicos é de comparecimento obrigatório participar da Missa neste dia, na forma estabelecida pela Conferência Episcopal do país respectivo.

A procissão pelas vias públicas, quando é feita, atende a uma recomendação do Código de Direito Canônico (cân. 944) que determina ao Bispo diocesano que a providencie, onde for possível, "para testemunhar publicamente a veneração para com a santíssima Eucaristia, principalmente na solenidade do Corpo e Sangue de Cristo." É recomendado que nestas datas, a não ser por causa grave e urgente, não se ausente da diocese o Bispo (cân. 395).

* Fonte: Wipedia.

Dados do evento

Local: Galeria Borba Gato (S. Amaro)
Data: 11/06/2009
Hora: 14:30
Ritmo: 20min
Rodadas: 6
Sistema: Suíço
Participantes: 51 jogadores
Árbitro: Sérgio Melo
Organização: GXBG

O Torneio

Apesar do frio que está fazendo atualmente em Sampa (cerca de 12º a 16º graus durante o dia) e ainda o feriado em comemoração a Corpus Christi, não tirou o ânimo dos enxadristas que compareceram em peso (cerca de 51 jogadores e mais acompanhantes).

Luís Oliveira (2ºR), Bernardo Vizotto (4ºR) e Luís Espinosa (6ºR)

Uma análise das partidas que consegui vencer, começando pela 2º rodada que enfrentei o clássico residente e sócio do GXBG, Luis Oliveira (1717/34º). Como disse o próprio amigo “Clássico nada, pois não ganho uma, na verdade é freguês mesmo!”. Mas a partida foi dura, acabei subestimando demais e no meio de jogo tive que trocar a minha dama por 2 peças do colega (torre e cavalo) e com 1 peão passado e se defendendo muito, consegui vencer a partida. Será o que ele disse acima, seria uma estratégia?


Polêmica e regra

Na 1º rodada, Bernardo enfrentou o forte jogador Luis da Mata, estava ganho na partida e como os dois jogadores estavam apurados no tempo, Luis da Mata acabou cometendo um lance regular e não parou o relógio, o inocente Vizotto não sabia parar o relógio digital e assim acabou caindo o seu tempo, empatando a partida já que da Mata não tinha nenhum material.

Segundo o árbitro Sérgio Melo, O jogador tem a obrigação de saber antes de iniciar a partida, como se para o relógio e que pela regra, Da mata não tinha a obrigação de parar o relógio e assim sofrer a penalidade de 2min para o seu adversário.

Voltando as rodadas

Desnorteado da 1º rodada, na 4º rodada enfrentei o clássico (não da GXBG, mas do Clube Paulistano) o atual campeão interno Bernardo Vizotto (1916/23º). É a 1º vez que o sub14 joga um torneio fora do CAP e dos escolares no circuito paulista, mas não é pela falta de experiência que podemos ver o seu nível de jogo. No interclubes 2009, ele venceu no 1º tabuleiro o forte Sérgio Mazzeto (2184 FPX pensado). Na partida jogando de brancas, acabei vencendo com facilidade já que Bernardo se descuidou e me deu a dama de graça, segundo ele foi devido à má iluminação do local. Mas depois que levantamos, vimos que era por que eu estava tampando a entrada da luz e assim prejudicando a visão do garoto que jogava de pretas. Que feio, mas foi sem querer querendo...

Na ultima rodada, enfrentei o também clássico do GXBG, Luis Espinosa (1838/29º). Antes de começamos a partida, pede ao amigo que ficasse calado, pois ele costuma ficar “gemendo” durante a partida e assim atrapalhando o andamento do jogo. E assim, como perdeu a sua “força”, ganhei facilmente com direito a dama a mais.

Klaus Gotz (1ºR) e Ricardo Paolucci (3ºR)

Agora uma análise das partidas que empatei e começa já na 1º rodada, onde enfrentei o pequeno sub12 Klaus Gotz (1753/39º). Como o Melo citou, ele é a promessa do GXBG e realmente o garoto vem jogando que nem gente grande. Apesar do baixo rating 1753, ele vem crescendo já que logo que começou a “mover” as peças, foi jogado na “jaula dos leões” e acabou perdendo muito rating chegando abaixo dos 1700. A partida foi muito boa, bem posicional até quando sacrifiquei um peão pelo ataque, mas Klaus se defendeu bem e como conseqüência ficou apurado no tempo e assim com peão a menos, resolvi pedi empate e ele aceitou.

Na 3º rodada, enfrentei o forte jogador Ricardo Paolucci (2067/9º). Como sempre acontece alguma coisa diferente nas nossas partidas no Borba como da última vez, o Marcus William ficou gritando perto dele e acabou o desconcentrando e perdendo a partida para mim. Desta vez, Marcus não estava ali para me ajudar, só que tinha outro item que poderia me ajudar no empate, estávamos sem peça e relógio e como disse o Melo, “Sem jogo, sem partida” e assim poderíamos empatar. Mas Paolucci foi atrás de jogo, relógio e até que achou assim o combate seria inevitável. Como 10min a menos para ambos, começamos a partida numa linha bem fora da teoria e cheia de táticos posicionais no meio de jogo e sempre a vantagem para o Paolucci com as brancas. No final de jogo, ele acabou ficando com 1 peão a mais, só que muito apurado e numa posição complicada, pedi empate e ele aceitou.


Bem, como mostrei acima as 5 rodadas (1º, 2º, 3º, 4º e 6º), estava com 3 vitórias, 2 empates e nenhuma derrota. Já dentro da “sala da justiça”, na mesa 4 enfrentei mais um clássico e atual campeão do aberto de Mogi das cruzes, Antônio Vallejos (1968/7º). Era o nosso 4º confronto de 2008 pra cá, onde eu havia vencido as 3 últimas partidas em abertos a fora, mas não poderia subestimar o amigo que já venceu na GXBG de MI. Mesmo jogando de pretas, a partida estava boa e cheio de manobras de ambos, onde estávamos esperando alguém errar e aplicar uma combinação de táticos como sempre acaba nossas partidas. E desta vez, Vallejos levou a melhor na combinação e venceu a partida.

Em resumo

Fiz um bom torneio com 4/6, sendo 3 vitorias, 2 empates e 1 derrota, ficando na 13º colocação e ganhando mais 6 pontinhos no rating que tinha perdido 11 na casa amarela e assim ficando com 1932 (equivalente ao FIDE com fator k 10).

Destaques


1. Para o “Polaco” com sorrisão que foi o campeão B (sub 1850) com 4/6, vencendo na última rodada do forte jogador juvenil, Paulo César Vasconcelos.


2. Para o “filho do Joaquim Phoanix”, Roberto Juliano Lopes Jr. Que ficou com a 4º colocação vencendo a última da promessa e futuro jogador da minha equipe do AAS no FM, Jorge Luiz.

Classificação final e fotos >GXBG<

2 comentários:

  1. Sem dúvidas é o blog que eu mais gosto de ler!

    Torcer pelas suas performances tem dado resultado, já ultrapassou a marca de 50%! kkkk

    Brincadeiras a parte, é muito importante salientar essa retrospectiva, faz a gente entender as rivalidades e as partidas clássicas que podem ser geradas.

    A presença de Mestre e jogadores de alto nível sempre deixa a "coisa" mais divertida.

    Quanto a arbitragem do Sergio Melo.. ele foi perfeito! Cada jogador é obrigado a saber o que é o que, apesar que existem vertentes que dizem que é obrigação do árbitro explanar sobre isso por se tratar de um objeto que auxilia o árbitro e não os jogadores... Bom, tem que ler direitinho no handbook da fide.

    No mais, Parabéns! E que essa equipe da Franco Monstruoso seja vitóriosa!

    Parabéns Garoto Mogli!

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  2. Esse guairá sempre emocionando a gente. É o rei dos comentários!!!

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